quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sacramento do Matrimonio Caminho de Santidade



Sacramento do Matrimonio Caminho de Santidade

A grande contribuição das ENS a igreja é a espiritualidade conjugal que é celebrar e vivenciar o amor entre marido e mulher, como sinal do amor infinito de Jesus Cristo pela igreja.
É no amor de Cristo que a igreja é santificada, é no amor de marido e mulher vivido em união que os casais são santificados.
João Paulo II na exortação Apostólica, a missão da família cristã no mundo de hoje nos lembra: “ O Sacramento do Matrimonio , que retoma e especifica a graça santificante do batismo, é a fonte própria e o meio original de santificação para os cônjuges”.
Portanto, o casal é chamado a santidade com tudo o que constitue a sua vida de casados: vivendo a sua rotina diária, sendo marido, sendo mulher, sendo pai, sendo mãe, sendo filhos. É assim que o casal se santifica. O matrimonio é um caminho de santidade pelo amor, pela fé e pela esperança.
Em 1939 uma jovem esposa procurou junto ao Pe. Caffarel conselhos sobre a vivencia espiritual de seu matrimonio:
Ø Procuremos juntos!
No dia 25 de fevereiro de 1939 acontece o primeiro encontro, nasce a primeira equipe com 4 casais e o Pe. Caffarel.

O que os casais queriam ?
Desejavam um caminho que os levasse a santidade, como casal, marido e mulher caminhando juntos rumo a santificação. E este caminho não poderia ser outro senão aquele que diz: “ Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Devemos fazer crescer em nos a consciência de que o essencial é sermos santos , que o espírito equipista é a busca da santidade e o seguimento de Jesus Cristo.
O pensamento do Pe. Caffarel girava em torno de Jesus Cristo. Somente em Jesus pode haver verdadeira transformação.
O essencial é buscar Jesus Cristo diz o Pe. Caffarel. A única intenção verdadeira, diz ele, é aquela que corresponde a finalidade das equipes: a vontade de melhor conhecer a Deus , de melhor ama-lo para melhor servi-lo.
Queridos casais, o amor conjugal, é caminho de santidade. Crescemos em santidade na medida em que, amados por Deus, crescemos no amor amando, e a medida do nosso amor é a medida de nossa participação na vida divina.
Quem foi chamado para viver a caridade conjugal, como sua forma característica de vida Cristã, tem no próprio amor conjugal o primeiro e mais direto caminho para a perfeição.
Quanto mais o casal se ama, tanto mais está sendo amado por Deus, quanto mais o casal se ama, tanto mais cresce o amor fraterno, tanto mais se expande para a igreja e o mundo.
Portanto meus queridos casais, o amor conjugal é o eixo da espiritualidade, a sua característica, o seu caminho.
O casal é chamado a perfeição enquanto casal e através do matrimonio.
Assim, o amor conjugal é o caminho do crescimento, da perfeição e da santidade para o casal cristão.
Percebemos então, queridos casais, que a caridade é a chave da santidade. A caridade é a própria vida de Deus. Deus é amor diz São João, aquele que permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele.( Jo 4,16)
Um santo é, portanto, alguém que, apesar de suas limitações, vive plenamente dessa vida de Deus. Vive e comunica a vida de Deus.
O Concilio Vaticano II proclama que todos os cristãos são chamados a santidade e esclarece que os cristãos casados devem buscar dentro do matrimonio o caminho da santidade.
As ENS tem seu papel especifico no seio desta vocação universal: ajudar e guiar os casais unidos pelo sacramento do matrimonio para a santidade.
Para os esposos cristãos, o caminho real da santidade é o caminho do cotidiano, que é viver o seu casamento, que é viver o seu amor. É um caminho normal, mas nem por isso fácil, especialmente na atual realidade.
Por isso Paulo VI consciente disto escrevia às equipes: “ Não se deixem portanto, derrotar pelas tentações, pelas dificuldades, pelas provações que surgem no caminho, não tenham medo de ir, quando for preciso,contra a corrente do que se pensa e diz num mundo de comportamentos paganizados.
São Paulo também nos previne:
“ Não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito.”( RM 12,2).
Então meus queridos casais, nós podemos ser santos ! ou melhor, podemos permitir que Deus nos santifique.
Termino com a frase de João Paulo II: “ Não tenham medo de ser santos.”
Assim seja!

Padre Antoninho Centenaro
SC setor F/ RS I e SCE ENS Caravaggio

Encontro provincial SUL III
Rodeio 8 de Novembro de 2009

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