Sanguinetti ponderava se devia fazer a intervenção em Roma ou Bari. Por essa razão, decidiu consultar o Padre Pio.
O doutor Fontana e o pai da paciente o acompanharam ao convento. Ao entrar na cela do Padre Pio e relatar-lhe o caso da jovem, o capuchinho exclamou: “Ah... inspirações eu não tenho!”.
Quando escutou essas palavras, o pai da paciente começou chorar.
Visivelmente comovido, o Padre Pio incorporou-se energicamente para dizer ao idoso: “Eh... não chore! Leve-a a Bari!”
Em seguida sussurrou: “E esperemos que antes de chegar ali...”
Não disse mais nada; olhou o doutor Sanguinetti e se despediu de todos.
A paciente foi trasladada para Bari em uma ambulância. A viagem foi dramática, por causa das fortes dores de cabeça e da febre altíssima da jovem. Mas, antes de chegar a Bari, repentinamente, parou de se queixar, passando a ter um ar distendido e sereno. Pediu inclusive para levantar-se da cama, alegando sentir-se bem.
O médico obrigou-a a permanecer recostada, pensando que talvez estivesse delirando. Mas, diante da insistência da jovem, comprovou que não havia nem rastro da febre nem das dores, e que seu aspecto era também normal.
Ao chegar à clínica de Bari, o especialista submeteu a jovem a todos os exames pertinentes, após os quais CONCLUIU. DESCONCERTADO: “NÃO ENTENDO POR QUE A TROUXERAM AQUI; NÃO APENAS ESSE ÓRGÃO ESTÁ PERFEITO COMO NUNCA ESTEVE DOENTE”.
No dia seguinte, os doutores Sanguinetti e Fontana coataram ao Padre Pio o que ocorrera, brincando e lamentando ao mesmo tempo por terem ficado em maus lençóis com o médico de Bari.
O Padre Pio se divertiu também, exclamando com um grande sorriso: “Demos graças a Deus! Demos graças a Deus!”.
Fonte: ZAVALA, J. M. Padre Pio: os milagres desconhecidos do santo dos estigmas. São Paulo: Paulus, 2012.
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