segunda-feira, 3 de junho de 2013

Como se desfazer das coisas – pequenas reflexões


Imagem: Leigh Christian
Imagem: Leigh Christian
Eu sei que não é fácil se desfazer do que tem. O que é tralha para os outros, pode não ser para a gente. Em alguns casos, precisamos até de ajuda profissional, pois podemos ser muito apegados ao que temos. Se for o seu caso, não tenha receio de procurar um profissional, de verdade. Esse auxílio só vai te fazer bem e abrir as portas para uma vida nova, tirando o foco das coisas materiais.
No geral, juntamos coisas por uma série de motivos: coleções, apego sentimental, medo de fazer falta, entre tantos outros. E, sinceramente, não sou radical a ponto de achar que não temos que ter nada de tralha em casa, pois sei que temos nossos “queridinhos”. A gente só deve se preocupar se esses objetos estiverem atrapalhando a vida da família – ocupando um espaço precioso que poderia ter outra utilidade ou, no pior dos casos (vide o programa da tv a cabo, “Acumuladores”), restringindo até o espaço de locomoção em casa. Se isso estiver acontecendo, você realmente precisa dar um jeito.
Eu sempre falo bastante sobre esse assunto aqui no blog porque é importante. Nós temos a tendência de juntar sempre muita tralha, seja qual for, e precisamos de lembretes constantes para ter a motivação necessária para organizar a casa. Por isso, este post traz algumas reflexões pontuais sobre a questão.

1. Imagine-se em uma kitnet

Kitnets são imóveis pequenos, geralmente com um só cômodo sala/quarto, com cerca de 30 metros quadrados. Muitas pessoas vivem em kitnets. Você poderia ser uma delas? Questione-se se responder que não. Se você tivesse que se mudar hoje, por extrema necessidade, para uma kitnet, o que levaria com você? O que descartaria? Pensar sobre isso pode te dar uma nova visão sobre tudo o que você guarda em casa.

2. Se tiver dúvida, se desfaça

Quando o objeto é extremamente necessário para você, você não tem dúvidas de que precisa mantê-lo. Se você precisa se questionar sobre a importância de tê-lo em casa ou não, muito provavelmente é porque não precisa dele. O mais interessante é que, quando você finalmente conseguir abrir mão de determinado objeto, vai se sentir muito mais leve.
“O ato físico de abrir mão de alguma coisa proporciona a liberação da frustração, da raiva, da culpa e de outras cargas emocionais.” – Donna Smalin

3. E se você estivesse de mudança?

Toda vez que eu penso em mudar para outro apartamento, fico com preguiça só de pensar em fazer a mudança. De certo modo, quem vive de aluguel acaba tendo menos coisas justamente porque essa coisa de mudar muitas vezes acaba nos forçando a fazer uma seleção do que ainda é útil ou não. Portanto, faça esse exercício. Se estivesse de mudança, o que deixaria para trás?

4. Agradeça pelo que você tem e ajude os outros

Analise todos os objetos que você tem e agradeça pela abundância. Justamente por esse sentimento de gratidão, ajude outras pessoas. Se você tem objetos duplicados, triplicados, ou mesmo objetos únicos que nunca usa, pense a respeito de doar para alguém que fará real uso daquilo. Pode ser que existam pessoas precisando do que você tem e não usa. Ao doar, além de abrir espaço para o novo, você acabará ajudando muita gente.

5. Pense no trabalho que dá

Quanto mais coisas você tem, mais coisas terá para limpar, cuidar, consertar. Já pensou nisso? Quanto mais compramos, mais trabalho temos. Será que vale a pena?
São cinco pontos de reflexão para você pensar hoje e analisar se vale a pena viver com tralha em casa. Para mim, a principal delas é a coisa de poder ajudar outras pessoas. Sempre que eu tenho um objeto parado em casa, fico me sentindo mal porque sei que muita gente pode estar precisando daquilo. E, quando eu sinto isso, sei que é hora de dizer adeus.

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