Posted: 06 Jan 2019 03:59 AM PST
Tendo nascido Jesus em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos – homens sábios, conselheiros de reis – vieram
do Oriente a Jerusalém. Perguntaram eles: “Onde está o rei dos judeus
que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente, e viemos adorá-lo”.
Viram
a sua estrela e ela lhes indicou uma meta, assinalando um rumo: ir ao
país dos judeus para adorar o Messias Rei. Fazia mais de mil anos que
esse misterioso Rei universal havia sido anunciado pelos profetas,
inclusive por um pagão, o amonita Balaão: Uma estrela sai de Jacó, um cetro levanta-se em Israel. Disso, no Oriente, muitos tinham ouvido falar. E os Magos sabiam.
***
Vimos a sua estrela. Não foi nada fácil ver aquela
estrela. Observaram a cintilação de uma estrela nova e começaram a
pesquisar o que significava. Podiam ter deixado de fazê-lo, para não
complicar a vida.
Quando descobriram o que era, para eles foi uma chamada, e não duvidaram em fazer tudo o que era preciso para seguir o que essa mensagem de Deus lhes indicava.
Lá
do Presépio, Deus também parece dizer-nos: “Por acaso você pensa que
não tem estrela? Será que você veio a este mundo por engano, sem
finalidade nem missão alguma para cumprir?”
A nossa estrela é a nossa vocação –
de casado, de mãe ou pai de família, de sacerdote, de mestre…–, que
sempre nos pede cumprir uma missão. Quando descobrimos essa luz, fica
claro o sentido da nossa existência
No momento em que um casal cristão, por exemplo, descobre que o seu casamento é uma chamada de Deus, é uma vocação, então vê a
estrela. Em qualquer circunstância da vida, marido e mulher – se
tiverem fé e boa vontade – poderão ouvir Deus que lhes diz: “Olhem para a
estrela. Ela lhes marca o rumo. Deus conta com vocês. Sejam fiéis à sua
estrela, aconteça o que acontecer!”
Seguir
a estrela não é fácil, porque às vezes fica encoberta ou porque nos
guia por caminhos difíceis. Assim aconteceu com os Magos. A estrela
revelou-lhes o destino e meteu-os numa aventura exigente, mas depois
desapareceu.
O caminho foi longo e áspero. Tiveram cansaço e hesitações, mas nada os deteve. Não traíram a estrela!
Quando chegam a Jerusalém, onde o rei dos judeus tinha o palácio, disseram simplesmente: Vimos a sua estrela e por isso viemos.
***
Os
Magos julgavam ter alcançado a meta, mas ficaram assombrados quando
comprovaram que lá em Jerusalém ninguém sabia de nada. Nem os
sacerdotes, nem o rei Herodes, nem o povo. Apesar disso, não
desconfiaram da estrela, da chamada de Deus.
Firmes
na sua fidelidade, eles só se preocuparam de indagar dos sábios de
Israel onde seria o lugar do nascimento do Messias anunciado pelas
profecias.
Responderam-lhes
que a Escritura indicava Belém. Imediatamente para lá se encaminharam
com a mesma determinação com que tinham saído de casa e enfrentado as
asperezas do caminho.
Então, a
estrela que tinham visto no Oriente os foi precedendo, até chegar onde
estava o Menino, e ali parou. A aparição da estrela os encheu de
profundíssima alegria.
Deus
sempre cumula de alegria os que se esforçam por ser-lhe fiéis,
especialmente se a fidelidade lhes custa sangue, suor e lágrimas. Deus
lhes mostra então mais amor e lhes concede mil graças.
***
Vimos e viemos. Isso
faz pensar. Quantas coisas nos sugere o exemplo dos Magos! Peçamos a
Maria e José – fidelíssimos à sua vocação e à sua missão − que nos
ajudem a ser homens e mulheres que sabem ver … e ir.
Tomara que sempre possamos dizer: “Estou fazendo isto ou aquilo, me comportando assim, vencendo essa crise ou esse cansaço, porque vi,
eu vi mesmo a estrela e entendi a razão porque Deus me pôs no mundo.
Quero seguir essa luz divina, custe o que custar, pois aí está a verdade
da minha vida e a garantia da minha felicidade”.
Resumo do trecho de um capítulo do livro de F. Faus Contemplar o Natal
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