terça-feira, 23 de março de 2010

Colegialidade nas ENS






  • No documento A Responsabilidade nas Equipas de Nossa Senhora, a Colegialidade é definida como “o pôr em comum dos ‘dons’ diversificados e complementares que o Espírito concedeu a cada um, numa procura comum da verdade e num encontro mais profundo entre nós”. Saberão por experiência como instintivamente procuram encontrar pessoas com competências que vocês não têm para complementar as vossas próprias capacidades.

    Nas nossas funções de responsabilidade, precisamos de trabalhar para desenvolver em nós mesmos um estado de espírito que implique:

    Uma procura comum da verdade: trata-se de um esforço para compreender e realizar a vontade de Deus para o Movimento. Essa procura exige uma coleta de dados que supõe:



  • que nos expressemos com clareza e verdade;



  • que estejamos atentos às necessidades e às expectativas da equipe;



  • que percebamos que não temos a posse exclusiva da verdade;



  • que percebamos que a nossa força está nas nossas diferenças, e como o Movimento pode beneficiar-se delas;



  • que nos preocupemos só com a qualidade do nosso serviço e não com a procura de poder.




Um período de verdadeiro discernimento exige







  • que façamos uma avaliação exaustiva à luz da vocação e dos objetivos do Movimento, convencidos de que é Jesus Cristo quem nos reúne;



  • que haja um tempo adequado ao bom discernimento, um equilíbrio entre falar demasiado tempo e ser demasiado impulsivo.



  • Tornou-se prática comum para as equipes com responsabilidades partilhar em oração silenciosa sobre as suas vidas e a sua espiritualidade. Tomam consciência de que a missão tem de se basear na formação.




Uma busca de comunhão e consenso que cria
comunhão, não uniformidade; a comunhão, por sua vez, leva à missão;
pluralidade que dá lugar a alimentar a reciprocidade e a coordenação.
O estabelecimento da confiança:
colegialidade é diferente de democracia, na medida em que depende da harmonia;
a confiança depende da transparência; para esta ser efetiva, tem que funcionar em todos os níveis de responsabilidade dentro do Movimento. Foi por isso que desde o principio o Movimento instituiu os Casais Ligação. Todos nós somos, de fato, casais de ligação.
Um processo para assumir responsabilidades e tomar decisões:
Uma decisão deve ser o resultado de um processo de argumentação e contra-argumentação entre vários participantes, que, a dado momento, aceitam um ponto de vista ou uma decisão que pode ser diferente da sua posição inicial.
Trabalhar juntos para chegar a um consenso deve unir-nos, de forma a sentirmos que estivemos envolvidos no seu desenvolvimento. Estamos certos de que terão verificado como isto dá poder aos membros da vossa equipe.
A aceitação de decisões conjuntas sem reservas:
Se o princípio da discussão for respeitado, levará a acordo. O consenso é o resultado que se procura, mas a sua consecução não deve subjugar a discussão.
A limitação do consenso é que uma opinião poderia prevalecer sobre todas as outras. Há que perceber que não é possível que uma pessoa tenha razão e todas as outras não.
A discussão não confere a certeza, mas confere um elemento de seriedade e de atenção.
Deve ser levado a cabo de forma harmoniosa, colegial e precisa.
Uma vez tomadas as decisões, o exercício da responsabilidade tem que se basear num sentido de serviço e não na autoridade. Para se realizar no sentido pleno da Colegialidade, uma avaliação periódica garantirá que a decisão foi boa e de acordo com o espírito do Movimento.




2° ENCONTRO INTERNACIONAL DOS RESPONSÁVEIS REGIONAISRoma, 24-29 de Janeiro de 2009
O exercício da responsabilidade e da colegialidade
Jan e Peter Ralton – Roma, 25 Janeiro 2009




artigo completo em http://www.ens.org.br/site/?secao=92

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