Papa: ciúme e inveja desmembram a Igreja, que é corpo do Cristo
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Cidade do Vaticano (RV) – “Igreja, corpo de Cristo” foi o tema da Audiência Geral desta quarta-feira, 22 de outubro.
Sob um céu nublado, a Praça S. Pedro acolheu cerca de 45 mil fiéis que, entusiastas, saudaram o Papa Francisco a bordo do seu papamóvel, antes de iniciar a sua catequese.
Prosseguindo o ciclo sobre a Igreja, o Pontífice explicou de que forma ela constitui o corpo de Cristo partindo de um trecho do Livro de Ezequiel, do qual o Papa recomendou aos fiéis a leitura em casa. No capítulo 37, se descreve a visão de um vale de ossos secos. Deus, através do Espírito, faz com que sejam cobertos de tendões, carne e pele. Assim, se forma um corpo, completo e cheio de vida.
“Pois é, esta é a Igreja! É uma obra-prima, a obra-prima do Espírito, o qual infunde em cada um a vida nova do Ressuscitado e nos coloca um ao lado do outro, um a serviço do outro, fazendo de todos nós um só corpo, edificado na comunhão e no amor.”
Porém, advertiu o Papa, a Igreja não é somente um corpo edificado no Espírito: a Igreja é o corpo de Cristo. Não se trata simplesmente de um modo de dizer: nós o somos realmente. É o grande dom que recebemos no dia do nosso Batismo. A consequência disso é uma profunda comunhão de amor, disse Francisco, pedindo que nos recordemos com mais frequência das palavras de S. Paulo. O Apóstolo exorta os maridos amem as mulheres como o próprio corpo, assim como Cristo faz com a Igreja, porque somos membros do seu corpo.
Todavia, recordou Francisco, este pensamento deve despertar em nós a vontade de corresponder a este amor de Jesus e de compartilhá-lo entre nós. As divisões, as invejas, as incompreensões e a marginalização não edificam a Igreja como corpo de Cristo. Pelo contrário, a desmembram, é o início da luta. “A guerra não começa no campo de batalha, mas no nosso coração”, disse, recomendando os conselhos que S. Paulo deu aos coríntios:
“Não ser ciumento, mas apreciar nas nossas comunidades os dons e as qualidades dos nossos irmãos. Pois sentir ciúme se alguém comprou um carro ou ganhou na loteria faz desmembrar o corpo de Cristo. O ciúme cresce e enche o coração, tornando-o ácido, infeliz.”
Outro conselho é demonstrar a nossa proximidade aos que sofrem; expressar a própria gratidão a todos, e de modo especial aos que desempenham os serviços mais humildes. E, por último, não reputar ninguém superior aos outros.
“Quantas pessoas se sentem superior aos outros. Também nós dizemos como aquele fariseu da parábola: ‘Lhe agradeço, Senhor, porque não sou como aquela pessoa, sou superior’. Jamais faça isso. Se houver a tentação, lembre-se dos seus pecados, daqueles que ninguém conhece e envergonhe-se diante de Deus e feche a boca.”
Após a catequese, o Papa saudou os grupos presentes na Praça. Aos poloneses, disse:
“Hoje celebramos a memória litúrgica de S. João Paulo II, que convidou todos a abrirem as portas a Cristo. Que sua herança espiritual não seja esquecida, mas nos impulsione à reflexão e ao agir concreto pelo bem da Igreja, da família e da sociedade.”
Francisco saudou os cerca de 250 brasileiros e os lusófonos com as seguintes palavras: “Dirijo uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os fiéis das várias paróquias do Brasil. Queridos amigos, somos verdadeiramente o Corpo de Cristo! Não deixemos de nos fazer solidários com os mais necessitados, lembrando as palavras de São Paulo: ‘se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele’! Assim Deus vos abençoe! Obrigado.”
Antes da Audiência Geral, o Papa cumprimentou os jogadores do Bayern de Munique, que disputaram na noite de terça-feira mais um jogo pela Liga dos Campeões contra a Roma. No estádio Olímpico, o time alemão venceu os donos da casa por 7 a 1.
Cidade do Vaticano (RV) – “Igreja, corpo de Cristo” foi o tema da Audiência Geral desta quarta-feira, 22 de outubro.
Sob um céu nublado, a Praça S. Pedro acolheu cerca de 45 mil fiéis que, entusiastas, saudaram o Papa Francisco a bordo do seu papamóvel, antes de iniciar a sua catequese.
Prosseguindo o ciclo sobre a Igreja, o Pontífice explicou de que forma ela constitui o corpo de Cristo partindo de um trecho do Livro de Ezequiel, do qual o Papa recomendou aos fiéis a leitura em casa. No capítulo 37, se descreve a visão de um vale de ossos secos. Deus, através do Espírito, faz com que sejam cobertos de tendões, carne e pele. Assim, se forma um corpo, completo e cheio de vida.
“Pois é, esta é a Igreja! É uma obra-prima, a obra-prima do Espírito, o qual infunde em cada um a vida nova do Ressuscitado e nos coloca um ao lado do outro, um a serviço do outro, fazendo de todos nós um só corpo, edificado na comunhão e no amor.”
Porém, advertiu o Papa, a Igreja não é somente um corpo edificado no Espírito: a Igreja é o corpo de Cristo. Não se trata simplesmente de um modo de dizer: nós o somos realmente. É o grande dom que recebemos no dia do nosso Batismo. A consequência disso é uma profunda comunhão de amor, disse Francisco, pedindo que nos recordemos com mais frequência das palavras de S. Paulo. O Apóstolo exorta os maridos amem as mulheres como o próprio corpo, assim como Cristo faz com a Igreja, porque somos membros do seu corpo.
Todavia, recordou Francisco, este pensamento deve despertar em nós a vontade de corresponder a este amor de Jesus e de compartilhá-lo entre nós. As divisões, as invejas, as incompreensões e a marginalização não edificam a Igreja como corpo de Cristo. Pelo contrário, a desmembram, é o início da luta. “A guerra não começa no campo de batalha, mas no nosso coração”, disse, recomendando os conselhos que S. Paulo deu aos coríntios:
“Não ser ciumento, mas apreciar nas nossas comunidades os dons e as qualidades dos nossos irmãos. Pois sentir ciúme se alguém comprou um carro ou ganhou na loteria faz desmembrar o corpo de Cristo. O ciúme cresce e enche o coração, tornando-o ácido, infeliz.”
Outro conselho é demonstrar a nossa proximidade aos que sofrem; expressar a própria gratidão a todos, e de modo especial aos que desempenham os serviços mais humildes. E, por último, não reputar ninguém superior aos outros.
“Quantas pessoas se sentem superior aos outros. Também nós dizemos como aquele fariseu da parábola: ‘Lhe agradeço, Senhor, porque não sou como aquela pessoa, sou superior’. Jamais faça isso. Se houver a tentação, lembre-se dos seus pecados, daqueles que ninguém conhece e envergonhe-se diante de Deus e feche a boca.”
Após a catequese, o Papa saudou os grupos presentes na Praça. Aos poloneses, disse:
“Hoje celebramos a memória litúrgica de S. João Paulo II, que convidou todos a abrirem as portas a Cristo. Que sua herança espiritual não seja esquecida, mas nos impulsione à reflexão e ao agir concreto pelo bem da Igreja, da família e da sociedade.”
Francisco saudou os cerca de 250 brasileiros e os lusófonos com as seguintes palavras: “Dirijo uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os fiéis das várias paróquias do Brasil. Queridos amigos, somos verdadeiramente o Corpo de Cristo! Não deixemos de nos fazer solidários com os mais necessitados, lembrando as palavras de São Paulo: ‘se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele’! Assim Deus vos abençoe! Obrigado.”
Antes da Audiência Geral, o Papa cumprimentou os jogadores do Bayern de Munique, que disputaram na noite de terça-feira mais um jogo pela Liga dos Campeões contra a Roma. No estádio Olímpico, o time alemão venceu os donos da casa por 7 a 1.
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