Prezado Sr., Paz e Bem!
A Pastoral da Ecologia da Arquidiocese de São Paulo existe desde 2003. Foi fundada por Dom Odilo P. Cardeal Scherer quando este, atual Arcebispo Metropolitano, ainda era bispo-auxiliar e Vigário Episcopal para a Região Santana. Hoje, ao que sabemos, ela permanece ainda nesta Região, mas já existiu também em outras, como a Região Belém e a Região Brasilândia.
A Pastoral da Ecologia, até dezembro de 2017, era coordenada por mim (Prof. Diego Ferreira Ramos Machado). Como licenciado em Geociências e Educação Ambiental, buscava tirar da Pastoral um estigma muito comum, que é o de reduzi-la a uma "pastoral do verde", ou uma "pastoral das árvores". Não é nisso que acreditamos! Pautados em uma agenda ambiental concreta, baseando-se em documentos da Igreja (com recente apoio da Laudato Sí, inclusive, e diversas reflexões de Campanhas da Fraternidade passadas), buscamos fazer uma Pastoral da Ecologia próxima de realidades sócio-ambientais que, para facilitar, deixo abaixo como "propostas". Uma outra visão que temos é a de que a Pastoral da Ecologia não deveria ser "mais uma pastoral", nem deve ser uma "pastoral ecológica", mas uma pastoral que reflita e incentive a ação ecológica em todas as ações da Igreja. Explico: a Pastoral do Batismo, por exemplo, pode ser ecológica. A Pastoral da Liturgia pode ser ecológica. Em resumo: toda a ação da Igreja pode ser ecológica, uma vez que toda a ação da Igreja deve respeitar a Criação do Senhor. É claro, contudo, que alguns gestos e ações pontuais, estes sim, devem ser "gerenciados" por alguma equipe pastoral; esta, portanto, deve ser a equipe da Pastoral da Ecologia.
Sendo assim, a Pastoral da Ecologia, no meu entender (!), deve:
A Pastoral da Ecologia da Arquidiocese de São Paulo existe desde 2003. Foi fundada por Dom Odilo P. Cardeal Scherer quando este, atual Arcebispo Metropolitano, ainda era bispo-auxiliar e Vigário Episcopal para a Região Santana. Hoje, ao que sabemos, ela permanece ainda nesta Região, mas já existiu também em outras, como a Região Belém e a Região Brasilândia.
A Pastoral da Ecologia, até dezembro de 2017, era coordenada por mim (Prof. Diego Ferreira Ramos Machado). Como licenciado em Geociências e Educação Ambiental, buscava tirar da Pastoral um estigma muito comum, que é o de reduzi-la a uma "pastoral do verde", ou uma "pastoral das árvores". Não é nisso que acreditamos! Pautados em uma agenda ambiental concreta, baseando-se em documentos da Igreja (com recente apoio da Laudato Sí, inclusive, e diversas reflexões de Campanhas da Fraternidade passadas), buscamos fazer uma Pastoral da Ecologia próxima de realidades sócio-ambientais que, para facilitar, deixo abaixo como "propostas". Uma outra visão que temos é a de que a Pastoral da Ecologia não deveria ser "mais uma pastoral", nem deve ser uma "pastoral ecológica", mas uma pastoral que reflita e incentive a ação ecológica em todas as ações da Igreja. Explico: a Pastoral do Batismo, por exemplo, pode ser ecológica. A Pastoral da Liturgia pode ser ecológica. Em resumo: toda a ação da Igreja pode ser ecológica, uma vez que toda a ação da Igreja deve respeitar a Criação do Senhor. É claro, contudo, que alguns gestos e ações pontuais, estes sim, devem ser "gerenciados" por alguma equipe pastoral; esta, portanto, deve ser a equipe da Pastoral da Ecologia.
Sendo assim, a Pastoral da Ecologia, no meu entender (!), deve:
- Estudar, refletir e orientar fazeres gradualmente mais ecológicos em todas as ações da Igreja, através das Pastorais de Conjunto, CPP's, CRP's etc.
- Elaborar ações e gestos mais pontuais de cariz ecológico (p.ex.: reciclar os resíduos, plantar árvores, etc.). Mas, sobretudo neste aspecto, advirto: deve tomar cuidado para não se reduzir a isto.
- Criar ações e projetos contínuos e permanentes, que
paulatinamente sedimentam na ideia dos cristãos de boa vontade que
cuidar da Criação é uma obrigação de todos.
Desta forma, exemplifico algumas de nossas ações que serveriam como bons modelos, mescladas com ideais:
- Participação em Conselhos da sociedade civil. Aqui em São Paulo
participamos do CADES (Conselho de Meio Ambiente, Desenvolvimento
Sustentável e Cultura de Paz da Prefeitura Municipal), onde
estabelecemos uma agenda que incentivava a criação de hortas
comunitárias, orgânicas
e urbanas, que envolveriam a população na relação da terra com a
produção de alimentos mais saudáveis, sem agrotóxicos, favorecendo a
educação ambiental.
- Envolvimento total com a Pastoral da Saúde (em suas três
dimensões, mas sobretudo na 2ª e na 3ª dimensão, evitando doenças e
participando de políticas públicas para melhoria do ambiente).
- Promoção da campanha de arrecadação de chapas de raio-X, que
levou a sociedade a descobrir um descarte adequado e ecológico para um
resíduo que muitos guardam em casa ou que jogam em lixo comum apesar de
ser altamente tóxico (se jogado em lixões e aterros),
e que não produz muito volume para quem recolhe, podendo ser vendido e
revertido em uma pequena "verba" para subsidiar outras ações (banner
anexo), como compras de sementes para horta, etc.
- Ensino de produção e instalação de cisternas que captam águas das chuvas, instalando-as em Parques, Unidades de Saúde, Casas de Cultura, enfim, em equipamentos públicos, que possam servir de exemplo para que cada casa, a um preço baixo, colete água pluvial (que não é potável!) e reutilize este recurso na rega de plantas e lavagem de quintais, etc.
- Promoção de campanha de arrecadação de óleo de cozinha para posterior revenda e produção de biodiesel, o que se recomenda face a produção de sabão caseiro que, no nosso entendimento, pode ser perigoso e menos ecológico (uma vez que posterga o descarte do óleo na natureza, apenas acrescido de soda cáustica e com pH bastante insalubre para a vida que interage). A revenda, por outro lado, incentiva a produção de biodiesel e se reverte em "renda" para projetos.
- Incentivo ao consumo responsável, isto é, que respeite a ordem dos 3 R's: primeiro REDUZIR a produção de resíduos; segundo REUTILIZAR os produtos que já extraímos e manipulamos; e depois, apenas depois!, RECICLAR o que não tivemos como reduzir nem reutilizar. Isto é importante porque, na lógica da Indústria e atual forma econômica como vivemos, parece-nos que precisamos comprar, comprar e comprar (consumir), explorar os recursos da Terra e que nos basta "separar o lixo" em cores que já fazemos nossa parte ecológica. O que não é verdade.
Enfim, resumidamente é isso. Em dezembro de 2017, contudo, eu (Diego),
entreguei a coordenação da Pastoral da Ecologia ao Sr. bispo, Dom Sérgio
de Deus Borges, de quem sempre recebemos muito apoio e incentivo.
Entreguei-a porque me mudei para Portugal; mas
coloco-me à disposição de todos os interessados em implementá-la e para
esclarecer quaisquer dúvidas que tenham. Neste caso, por favor, queiram
contactar-me.
Fraternalmente,
D. M.
Fraternalmente,
D. M.
●๋• Diego Ferreira Ramos Macha do ●๋•
Mestre em Ciências - Mineralogia & Petrologia (IGc/USP)
Licenciado em Geociências e Educação Ambiental
Tecnólogo em Gestão de Turismo
Tecnólogo em Gestão de Turismo
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