sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

“Se o homem soubesse as vantagens de ser bom, seria homem de bem por egoísmo”, diz Santo Agostinho.

Fonte:FILHOS ESPIRITUAIS DE PE. PIO

Demoramos a entender que quando nos dispomos a ajudar o irmão, somos nós os primeiros a ser ajudados, nada fica escondido aos olhos de Deus. Crescemos e nos fortalecemos a medida que buscamos formas de consolar o nosso semelhante. A nossa salvação passa pela salvação do irmão, e tudo que fazemos ao outro é a Deus que estamos fazendo. Lembra o que disse Jesus: “’Eu estava sem roupa, e me vestiram; eu estava doente, e cuidaram de mim; eu estava na prisão, e vocês foram me visitar'... 'Senhor, quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?' ...’todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram.'” (Mt 25) 

Em toda a história do povo de Deus sempre ouve a figura do intercessor, desde Abraão, passando pelos Apóstolos até chegar a nós. A humanidade sempre precisou de pessoas que silenciosamente, quase que de maneira anônima, se colocam na presença de Deus em favor do irmão. Devemos ter consciência de que a graça será alcançada não por nossos méritos, mas sim pelos méritos Daquele que deu a vida por nós. 

“Se o homem soubesse as vantagens de ser bom, seria homem de bem por egoísmo”, diz Santo Agostinho. Fazer o bem sem olhar a quem, fazer sem esperar receber; quando gastamos o nosso tempo e as nossas forças pelo irmão anônimo, - apesar do anônimo ter nome, chama-se Jesus – estamos juntando tesouros incontáveis. 

Quanto ao desejo primeiro de Deus nós sabemos muito bem qual é, e Paulo enfatiza quando diz que “todos devem chegar ao conhecimento da verdade”. Verdade que vai muito além de termos a certeza de que há um só Deus; a verdade que devemos descobrir é que enquanto não enxergarmos Deus na pessoa do irmão, e principalmente, de olharmos no espelho e ver Deus em nós, não seremos capazes de pensar, amar, perdoar, sentir e desejar como Deus. 

Ricardo Feitosa e Marta Lúcia 

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