Monsenhor François FLEISCHMANN
A oração – a oração interior
Sabemos quanto o Pe. Caffarel se empenhou, até ao limite das suas forças, para conduzir os
leigos a fazerem a experiência da oração. Dedicou a isso os últimos anos de sua vida, em
Troussures, com as suas memoráveis Semanas de Oração. Lembremos ainda os Cadernos
sobre a Oração, ou as noites que ele animava em Paris, na Mutualité, acompanhadas por um
público numeroso e fervoroso.
Limitar-me-ei aqui também a tocar somente de leve num assunto de tão grande importância;
mas vocês têm a experiência da grande riqueza espiritual que o seu fundador abriu às Equipes,
assim como a muitos outros leigos.
Freqüentemente, o Pe. Caffarel volta ao caráter vital da oração. A vida sacramental não a
pode dispensar; na Carta Mensal de Novembro de 1952, ele escreve: «a Eucaristia numa alma
que não ora é semente em terra não lavrada, não pode produzir frutos.»
que retoma com freqüência: o Senhor promete a sua presença nos congraçamentos: Onde dois
ou três estiverem reunidos... Mas Jesus disse-nos também: Quando quiseres orar...ora ao teu
Pai que está presente no segredo. Ele chama à oração pessoal, mesmo durante uma grande peregrinação: «Contentar-se com permanecer na multidão que rodeia Cristo sem procurar ter
um contacto pessoal com Ele, tecer relações pessoais com Ele, seria mostrar muita
indiferença.» (Carta Mensal de Maio de 1954)
É preciso que cada um se comprometa nesse caminho secreto, o único que permite encontrar
pessoalmente Cristo. «Este caminho secreto – e estreito – não podemos guiá-vos para ele. É
tarefa de cada um de vós descobri-lo. Sede humildes, sede puros, sede dóceis, sede orantes,
sede perseverantes e achá-lo-eis. E encontrareis Cristo.» (ibid.)
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