Testemunho sobre o Padre Caffarel
Maria e Agustin Fragueiro Ferrer
Somos Maria (45 anos) e Agustin (48 anos) Fragueiro, de
Córdoba, na Argentina. Pertencemos às Equipes de Nossa Senhora
desde 1991. Foi assim que descobrimos o Padre Henri Caffarel. Não
tivemos a sorte de conhecê-lo pessoalmente, mas lemos muitos de
seus escritos, em particular aqueles sobre a Oração. Aos poucos,
aprendemos a conhecer sua mensagem e a respeitá-lo e amá-lo como
um verdadeiro guia espiritual
Nosso primeiro encontro verdadeiro com a mensagem do Padre
Caffarel aconteceu no ano de 2000, quando alguns amigos nos
trouxeram um presente: o livro de Jean Allemand "Henri Caffarel,
um homem arrebatado por Deus". Na leitura dessas páginas,
tornamo-nos mais próximos deste homem maravilhoso, que deu sua
vida para o serviço de Deus e dos homens. Tomamos consciência da
importância daquilo que significa ter uma verdadeira vida de oração.
A oração tornou-se para nós um momento de encontro pessoal
com Deus, um tempo em que damos a Ele a possibilidade de falar
conosco. O Padre Caffarel nos pediu que fizéssemos dez ou quinze
minutos de tempo de silencio (nas Obrigações das Equipes). Ele
mesmo tirava dois meses por ano para se encontrar com o Senhor.
Assim, ele tomava as forças necessárias para realizar suas tarefas
pastorais. Ele não se contentava com palavras; ele mesmo vivenciava
e depois transmitia.
Descobrimos que nós, leigos, somos pouco dispostos a
consagrar tempo a Deus em nossas vidas. Por isso, temos um
sentimento de frustração, de desânimo ou de fracasso em nossa
maneira de agir e de viver todos os dias.
Queríamos tentar viver esses quinze minutos cotidianos
consagrados a Deus, como nos ensinou o Padre Caffarel. Assim,
começamos a consagrar mais tempo a sós com Deus.
Por um lado, sentíamos a necessidade de transmitir aos demais
membros da Equipe nossa descoberta, mas por outro, não sabíamos
bem como fazê-lo. Carecíamos de documentos do Padre Caffarel
traduzidos para o espanhol, para aprofundar sua mensagem.
Começamos a procurar entre nossos familiares, nossos amigos,
nossos conhecidos. Consultamos também a Internet ara conhecermos
tudo o que o Padre Caffarel havia escrito. Foi assim que caíram em
nossas mãos alguns números do "L’Anneau d’Or", assim como
alguns livros traduzidos para o espanhol, publicados algumas décadas
antes. Recebemos também um presente: um exemplar do "O Corpo e
a Oração", numa livraria do Chile.
Com entusiasmo e com a ajuda de alguns padres, organizamos
jornadas de oração, com a participação de casais das ENS e alguns de
seus amigos.
Tomamos mais consciência do que a oração significa na vida
do cristão. Podemos observar, todavia, que ainda há muito "ruído" na
vida dos leigos em geral. Passamos a maior parte de nosso tempo a
procurar a felicidade e a querer a felicidade daqueles que amamos.
Mas tentamos fazer isso do nosso jeito. Não nos damos conta de que
nossa felicidade reside nesta descoberta: Deus ama cada um de nós
de uma maneira pessoal e tem um plano para cada um neste mundo.
Se conseguíssemos descobrir o plano que Ele estabeleceu para cada
um de nós, então seríamos plenamente felizes e faríamos a felicidade
dos outros. A oração é a maneira adaptada e privilegiada para se
chegar a essa descoberta.
Esta é a mensagem central que descobrimos graças aoPadre
Caffarel: se vivemos motivados pela ação no mundo do "fazer", é
necessário pararmos no caminho para retomar forças para agir mais e
melhor. É imperativo que "repousemos" entre os braços do Pai que
nos ama para encontrarmos a alegria e a paz. É o que Padre Caffarel
chama de "oração silenciosa". Entra-se nela em recolhimento, com o
sentimento da suave presença de nosso Senhor. É um sentimento
verdadeiro no fundo de nossa alma, saber que o AMOR, com
maiúsculas – que é Deus em nós – está ali presente e nos impulsiona
para que continuemos a viver e a transmitir sua mensagem de amor,
apesar das contradições deste mundo. Se realmente encontrarmos
Deus, nossa vida muda para sempre e torna-se impossível não
comunicá-lo.
A vida de oração é uma conquista difícil para o ser humano,
porém, é indispensável. Nós, seres humanos, deveríamos aprender o
silêncio para permitir que "Deus fale em cada um de nós".Poderíamos, então, viver num mundo totalmente diferente.
Fonte:
BOLETIM DE LIGAÇÃO dos AMIGOS do PADRE CAFFAREL
BOLETIM DE LIGAÇÃO dos AMIGOS do PADRE CAFFAREL
N° 3 – JULHO-AGOSTO 2008
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