BOM DIA Amigos! Ficamos encantados com este capítulo do tema de estudo, realmente onde não há vitalidade, falta a oração e onde há dinamismo é porque rega-se com uma espiritualidade diária!
Como são profundas estas palavras do padre caffarel! Obrigado por sua vida!
Reproduzo abaixo parte do capítulo 3 do livro do tema de estudo.
Alexandre
Entre os alimentos essenciais da vida cristã, a oração, sobretudo sob a forma de oração meditada, não está longe de ser a mais fundamental, na medida em que faz com que os outros alimentos sejam assimiláveis pelo nosso organismo espiritual. Era esta a convicção do Padre Caffarel. Daí a sua insistência neste ponto.
1/96 avos
Num editorial de Novembro de 1952, o Padre Caffarel punha diante dos olhos dos seus leitores uma régua graduada com 96 divisões.
«Olhai para esta régua. Noventa e seis divisões: os 96 quartos de hora que compõem um dia. Contai, a partir da esquerda, o número de horas que reservais para o sono e marcai um traço vertical. Contai a seguir o número de horas de trabalho, profissional ou doméstico: outro traço. Depois as horas das refeições, os tempos de deslocações, da leitura do jornal, etc. Finalmente, desta vez a partir da direita, o tempo que consagrais a oração. A seguir, comparai!
Dir-me-eis: "Não há nada mais enganador do que este tipo de cálculos. O senhor compara realidades que não se podem comparar. A oração não é uma questão de tempo. Tal como o amor: não é por passar dez horas por dia a trabalhar e muito pouco tempo a conversar com a minha mulher e com os meus filhos que não os amo ou que os amo menos do que o meu emprego. O amor não é uma questão de tempo".
Ora vejamos! Quantas vezes o amor dos esposos e o afecto entre pais e filhos periclitam justamente porque não são alimentados nem aprofundados. Os nossos amores humanos exigem encontros, permutas, momentos de coração a coração. Isso é vital.
O mesmo acontece com o amor a Deus, que enfraquece na alma do crente que não reserva todos os dias momentos de encontro com o seu Senhor, momentos de permuta, de intimidade, isto é, de oração. E isto não é menos vital.
E quem me responde: "Mas onde quer que eu arranje tempo para rezar?" deixa-me perplexo… Ou não compreendeu o carácter vital da oração para alimentar a vida religiosa ou então isso já tem a ver com o psiquiatra, como é o caso da mãe de família numerosa que sofre de uma grave anemia e responde ao médico: "Como quer que arranje tempo para comer, com oito filhos e tudo o que isso implica, os biberões, as fraldas a lavar, os banhos dos mais pequenos, as traduções de latim dos mais crescidos…?".
1/96 avos
Num editorial de Novembro de 1952, o Padre Caffarel punha diante dos olhos dos seus leitores uma régua graduada com 96 divisões.
«Olhai para esta régua. Noventa e seis divisões: os 96 quartos de hora que compõem um dia. Contai, a partir da esquerda, o número de horas que reservais para o sono e marcai um traço vertical. Contai a seguir o número de horas de trabalho, profissional ou doméstico: outro traço. Depois as horas das refeições, os tempos de deslocações, da leitura do jornal, etc. Finalmente, desta vez a partir da direita, o tempo que consagrais a oração. A seguir, comparai!
Dir-me-eis: "Não há nada mais enganador do que este tipo de cálculos. O senhor compara realidades que não se podem comparar. A oração não é uma questão de tempo. Tal como o amor: não é por passar dez horas por dia a trabalhar e muito pouco tempo a conversar com a minha mulher e com os meus filhos que não os amo ou que os amo menos do que o meu emprego. O amor não é uma questão de tempo".
Ora vejamos! Quantas vezes o amor dos esposos e o afecto entre pais e filhos periclitam justamente porque não são alimentados nem aprofundados. Os nossos amores humanos exigem encontros, permutas, momentos de coração a coração. Isso é vital.
O mesmo acontece com o amor a Deus, que enfraquece na alma do crente que não reserva todos os dias momentos de encontro com o seu Senhor, momentos de permuta, de intimidade, isto é, de oração. E isto não é menos vital.
E quem me responde: "Mas onde quer que eu arranje tempo para rezar?" deixa-me perplexo… Ou não compreendeu o carácter vital da oração para alimentar a vida religiosa ou então isso já tem a ver com o psiquiatra, como é o caso da mãe de família numerosa que sofre de uma grave anemia e responde ao médico: "Como quer que arranje tempo para comer, com oito filhos e tudo o que isso implica, os biberões, as fraldas a lavar, os banhos dos mais pequenos, as traduções de latim dos mais crescidos…?".
Toda a questão está em saber se é vital comer, toda a questão está em saber se é vital rezar.
Afinal, talvez seja por culpa nossa, dos padres, se os cristãos não acreditam no valor da oração: prevenimo-los o suficiente de que a anemia espiritual os espreita? Quando se vêm confessar de cobardias, de orgulho, de impureza, em vez de os pressionar a não recomeçar, chamamos a sua atenção para a causa: o seu estado de menos resistência, que os torna terrivelmente vulneráveis? Recomendamos-lhes a única coisa que lhes permitirá adquirir uma vitalidade espiritual e, portanto, resistir às ameaças do exterior e do interior: a oração?
O grande remédio não será antes a Eucaristia?, perguntar-me-eis. Sem dúvida, mas a Eucaristia na alma que não reza é semente em terra não lavrada, não pode produzir frutos. Creio poder dizer isto com segurança depois de vinte anos de ministério: o cristão que não consagra todos os dias dez a quinze minutos (uma nonagésima sexta parte do dia) a essa forma de oração a que chamamos oração interior ou meditação permanecerá sempre infantil, ou melhor, definhará. Conhecerá crises graves, das quais não sairá glorioso, de que talvez mesmo nem saia senão daí a muito tempo.
Em vez de me deter no aspecto negativo da questão, prefiro terminar evocando tantos homens e tantas mulheres que conheço bem, não menos sobrecarregados com filhos, não menos assoberbados pelos trabalhos profissionais e domésticos do que os outros, cuja vida cristã se aprofunda, desabrocha e resplandece porque a oração mediata é o seu alimento diário. Perceberam que ela é vital. Vivem dela».
(Carta mensal, Novembro de 1952)
FONTE : TEMA DE ESTUDO 2008 ENS
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