sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dois cortejos se aproximam pelos caminhos de Naim.

No Evangelho, temos a Viúva de Naim. (Lc 7,11-17)

Lucas descreve um grande acontecimento humano:

o encontro da Morte e da Vida.

+ Dois cortejos se aproximam pelos caminhos de Naim.

- Um é formado por Jesus e seus discípulos.

O outro formado por uma mãe viúva e seus amigos,

que levam um féretro para a sepultura.

- Um é precedido por Jesus, o ressuscitado, o vencedor da morte.

O outro é precedido por um cadáver.

- Um representa a comunidade cristã radiante de alegria

junto ao seu "Senhor", que a conduz à vida.

O outro é símbolo da humanidade que ainda não encontrou Cristo:

está a caminho do campo santo e vê a morte como uma derrota irreversível.

+ Os dois cortejos se encontram:

- O "Senhor" se compadece da dor e das lágrimas da mãe viúva

(que representa toda a humanidade abatida e desesperada),

interrompe a caminhada para a morte e diz:

- para a Mãe: "não chores mais".

- para o Filho: "Levanta-te."

O que ele faz é sinal da presença de Deus:

O pranto torna-se um canto de alegria,

os dois grupos se unem num único brado de entusiasmo,

todos glorificam o Senhor, exclamando:

"Um grande profeta surgiu entre nós e Deus VISITOU o seu povo".

* A grande novidade não foi adiar a morte por alguns anos,

mas o que o fato encerra: a morte foi vencida...

Jesus é o SENHOR DA VIDA.

Ele não abandona o homem nas garras da morte,

mas o ressuscita para que viva para sempre.

+ Esta cena se repete todos os dias:

- Há grandes cortejos cheios de mortos,

de mortos que andam e se movem, mas não têm vida:

- É o grande cortejo dos desempregados, dos drogados, dos analfabetos,

dos sem-teto, dos terroristas, dos enfermos, dos inválidos...

Cortejo que passa todos os dias ao nosso lado e não nos damos conta.

- Ao encontro dele pode e deve ir outro cortejo,

formado de pessoas cheias de vida que acompanham Cristo...

comprometidas em responder à morte com a vida.

- Em que cortejo estamos?

- Que resposta damos aos que caminham no cortejo da morte?

Jesus não ficou indiferente diante do sofrimento humano.

Fez algo para aliviar.

Como seguidores de Cristo, devemos ir ao encontro dos que sofrem.

Se não podemos eliminar o sofrimento, podemos ao menos ser solidários.

A presença é sempre uma forma de ajudar quem passa por dificuldades...

Diante do milagre, o POVO exclamou:

"Um grande profeta surgiu em nosso meio e Deus visitou o seu povo".

Será que poderá contar conosco?

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 06.06.2010

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