sexta-feira, 25 de outubro de 2013

“A Igreja não é um negócio; se não leva Jesus, morre”, diz Francisco

 
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“Eu desço”, disse o Papa Francisco (foto) a uma velhinha que desejava lhe dar a mão enquanto passava pela Praça de São Pedro, em um jipe branco. Desceu e se comoveu profundamente com a senhora. Era uma dos 100 mil fiéis que acompanharam a audiência geral na manhã de quarta-feira, 23-10-2013, durante a qual Francisco disse em alta voz: “a Igreja não é um negócio, não é uma agência humanitária, não é uma ONG; a Igreja foi criada para levar Cristo e seu Evangelho para todos”.
A reportagem é de Domenico Agasso Jr, publicada por Vatican Insider, 23-10-2013. A tradução é do Cepat.
 
Fonte:http://goo.gl/6QR5rB  
Francisco continuou sua catequese sobre a Igreja refletindo sobre “Maria como imagem e modelo da Igreja”. “Faço isso – explicou – retomando uma expressão do Concílio Vaticano II. Disse a ConstituiçãoLumen Gentium: ‘Como ensinavam Santo Ambrósio, a Mãe de Deus é uma figura da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo’”.

“Em que sentido – perguntou-se o PapaMaria representa um modelo para a fé da Igreja? Pensemos em quem era a Virgem Maria: Uma criança judia que esperava, com todo seu coração, a redenção de seu povo. Mas, no coração da jovem filha de Israel, havia um segredo que ela mesma desconhecia: no plano de amor de Deus estava destinada a converter-se na Mãe do Redentor. Na Anunciação, o Mensageiro de Deus a chama de ‘cheia de graça’, e a revela este projeto”. E Maria, responde com um grande “Sim”. A partir de então sua fé recebeu uma nova luz: concentrou-se em Jesus, o Filho de Deus que tomou dela a carne e em quem se efetivou as promessas de toda a história da salvação. É por isso que “a fé de Maria é a realização da fé de Israel. Nela está concentrado todo o caminho, todo o caminho de um povo, daquele povo de fé que aguardava a redenção”. É neste sentido que “é o modelo da fé da Igreja, que tem Cristo como centro, encarnação do amor infinito de Deus”.

A Virgem viveu esta fé “na simplicidade dos milhares de afazeres e preocupações cotidianas de qualquer mamãe, como conseguir comida, roupa, cuidar da casa... E justamente esta existência normal da Virgem foi o terreno no qual se desenvolveu uma relação singular e um diálogo profundo entre ela e Deus, entre ela e seu Filho”: O “Sim” de Maria, disse o Papa, “era perfeito desde o início e cresceu até o momento da Cruz. E, ali, sua maternidade se expandiu nos abraçando, a cada um de nós, nossas vidas, para nos guiar até seu Filho”. “Pensemos nisto”, incentivou o Pontífice.

Maria “é o modelo de caridade, como vemos na Visitação, pois ela não apenas ajudou sua prima, mas trazia Cristo consigo, a perfeita alegria que vem do Espírito e se manifesta em um amor voluntário. É também o modelo de união com Cristo, seja em suas tarefas cotidianas, seja no caminho da cruz ou até o se unir a Ele no martírio do coração”, salientou o Papa Francisco, levando-nos a refletir sobre a figura de Maria, a nos perguntar se a vemos de uma maneira longínqua; se recorremos a ela nas provações; se somos capazes de, como ela, amar nos doando totalmente. E se nos sentimos unidos a Jesus, segundo seu exemplo, numa relação fiel ou se só nos lembramos Dele em momentos de necessidade. Convido a todos – incitou o Bispo de Roma – que ao pedir ao Senhor sua graça, amemos cada vez mais a Maria, a Mãe da Igreja.

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