O SENTIDO DA LIGAÇÃO

No início do Movimento, não havia CL na França: o próprio Pe.Caffarel reunia-se com frequência com
os CR das primeiras equipes (os “chefes de grupo”, pois só mais tarde os grupos adquiriram o nome de
“equipes”) e a cada dois meses reunia-os todos entre si. Somente em 1947, quando da promulgação da
Carta das Equipes de Nossa Senhora, foram instituídos os “Casais de Ligação”, com o objetivo de ajudar
os CRS a acompanhar o número crescente de equipes; eles eram então escolhidos entre os membros das
primeiras equipes.
Assim aconteceu também no Brasil. Depois da primeira troca de correspondência entre Pedro Moncau e
o Pe. Caffarel, um “casal de ligação” passou a orientá-lo, mandando-lhe detalhadas cartas. Gérard
d’Heilly e Madeleine eram ninguém menos que um dos quatro casais que haviam iniciado “juntos”, com
o Pe. Caffarel, a procura da vontade de Deus sobre o casamento. Sucederam-lhe vários CL.
Era Pedro Moncau que orientava, como fazia o Pe. Caffarel, as equipes à medida que aqui se formavam,
encontrando-se mensalmente com os CR. Com o aumento do número de equipes, ele passou a recorrer
aos membros da Equipe 2 (todos eles de excelente formação) para fazer a ligação com elas.
Somente em 1999, com a divisão em 7 Províncias, o Brasil adquiriu oficialmente o status de SuperRegião,
ou seja, a autonomia completa - mas nem por isso a história da ligação terminou: E o Casal
Responsável da Super-Região, embora ela seja totalmente autônoma, está “ligado” em nível de ERI -
Equipe Responsável Internacional - a um casal membro da mesma encarregado de uma das Zonas, no
caso do Brasil a Zona América (é um casal brasileiro, o penúltimo CR da nossa Super-Região, Graça e
Roberto).
O que é ligar?
Do latim: Ligare, que significa unir, aproximar, combinar, vincular o seu destino ao de outrem, prestar
atenção, relacionar-se, formar aliança.
É importante salientar que cada um de nós, casais presentes nesta Formação, exercemos uma função de
Ligação.

Ele insiste que as comunidades cristãs promovam uma
verdadeira partilha de vida, feita de humildade e de amor, num clima de confiança, de amizade e de
atenção de uns para com os outros.
Esta mesma necessidade de ligação e de comunicação na Igreja primitiva sentida entre nós. Seguramente
o Padre Caffarel quis aplicar às ENS um método parecido ao do Apóstolo Paulo e teve a mesma
preocupação de manter um forte vínculo com os casais das equipes.
Foi à primeira estrutura de serviço criada pelo nosso Movimento, antes mesmo do Setor, que surge em
1951.
À medida que o Movimento crescia e se expandia não era mais possível ao Padre Caffarel, nem
aos responsáveis do Movimento, nem aos responsáveis de Setor, manter um estreito laço entre eles
todos. LER O SLIDE
Somos todos ligações. Cada casal de Super-Região liga suas Províncias, ou suas regiões. Os Casais
Responsáveis Regionais por sua vez, ligam os Casais Responsáveis do Setor. Até mesmo o Casal
Responsável Internacional, Tó & Zé, exercem a Ligação entre o Movimento e a Santa Sé, no caso o
Pontifício Conselho para os Leigos.
As equipes do mundo são ligadas por quatro Casais ligação distribuídas em quatro grandes Zonas
geográficas: Zona Centro Europa, Zona Eurásia, Zona Euráfrica e Zona América. (Casal brasileiro
Graça e Roberto).
O objetivo das zonas é desenvolver uma ligação e uma coordenação mais próximas, com sentido da
missão, da unidade e da solidariedade para além das fronteiras nacionais.
O objetivo da ligação é de favorecer a comunicação, ou seja, a transmissão da seiva e de permitir que
todas as equipes vivam em estreito contato, primeiramente com o Movimento, mas o mesmo tempo
entre elas próprias.
Sentido vertical e horizontal.
“UMA EQUIPE DE NOSSA SENHORA NÃO PODE VIVER NO ISOLAMENTO. O MOVIMENTO
POSSUI UMA ORGANIZAÇÃO DESTINADA A COORDENAR, ANIMAR, LIGAR, APOIAR E
SERVIR AS EQUIPES, E MANTER A UNIDADE”. GUIA DAS ENS
A ligação e indispensável para a construção do espirito de comunidade e de unidade, para dar o senso de
pertença ao Movimento e a fidelidade aos seus objetivos e carisma fundacional. (Guia das ENS).
Os
equipistas não pertencem tão somente à sua equipe , mas também ao movimento.
Exercer uma função de ligação não é uma mera transmissão de comunicações, ou informação são casais
portadores da sua própria vivência, é um verdadeiro anúncio da Boa Nova, ela tem uma dimensão de
evangelização e de interpelação.
Diversas situações que o equipista de base considera o casal ligação como o intruso, que vem fiscalizar e
outras coisas, não há uma abertura para acolher o CL, deverá ser uma relação de confiança, de
entreajuda e de alimento espiritual. Ele deverá receber uma formação adequada para cumprir sua missão.

O serviço de ligação decorre fortemente de espírito de colegialidade e corresponsabilidade que deve
regular os trabalhos de uma equipe de Setor.
A Ligação é indispensável para construir o espírito de comunidade no Movimento. E para que as ENS
sejam uma equipe de equipes vivas o casal ligação tem que se transformar em elo dessa dinâmica.
Bete e Carlos, CRP PROVÍNCIA LESTE
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