domingo, 24 de fevereiro de 2019

A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO segundo Padre CAFFAREL

Jean Allemand escreve sobre a multiplicação dos grupos de casais a partir de 1941- 1942, e diz que “a oração, presente desde o início dos grupos, passa a ter um lugar maior ainda. Às vezes, noites inteiras lhe são dedicadas, quando se trata de implorar ao Senhor por alguém ameaçado ou deportado (pela guerra). Os casais, reunidos no apartamento de um deles e bloqueados pelo toque de recolher, revezam-se de hora em hora, intercedendo por ele.  

O Pe. Caffarel denominava esse período de guerra, tão repleto de perigos, de restrições, de sofrimentos, de separações, de o período do “grão de trigo que morre”. Assim se preparavam as colheitas futuras. Alguns membros dos primeiros grupos chegaram a oferecer a sua vida pelo desenvolvimento do jovem Movimento que então se organizava. Pe. Caffarel, anos mais tarde, enfatizava: Quarenta anos de ministério sacerdotal, de direção espiritual, não me deixam a menor dúvida: as pessoas que não rezam, ou que rezam pouco, são como esses anêmicos ao quais os médicos dizem: ‘Você está sem defesas; na primeira epidemia, você será atacado’. E se seu Movimento começa a se contagiar, deve-se isso a que muitos membros não rezam: as sondagens revelam que uns 48% dos quadros não permanecem fiéis aos 10 minutos de oração cotidiana e que poucos são os membros que, depois de terem sido responsáveis, conservam o hábito da oração. 

Será que nossas equipes deixaram de ser escolas de oração? Porém, este é um aspecto essencial de sua razão de ser. Quando rememoro as lembranças das primeiras equipes, volto a encontrar essa necessidade, essa alegria de rezarem juntos que animava os casais. É verdade que, então, tínhamos guerra, privações, ameaças, medo, prisões e deportações... E agora a vida está fácil; ou, em outras palavras, a vida apresenta dificuldades da vida fácil.

 Ver este depoimento em Jean Allemand. Henri Caffarel: um homem arrebatado por Deus. Publicado pela Super Região Brasil, p. 40. 

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