Com o tema: “O bem viver no campo e na cidade” a 43ª edição da Romaria da Terra do Rio Grande do Sul, reuniu cerca de 10 mil romeiros e romeiras, vindos de vários cantos do estado. Neste ano, a anfitriã foi a Diocese de Cruz Alta com a Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, de Mormaço.
Ainda era madrugada quando os primeiros romeiros começaram a chegar na Comunidade São João dos Prólos, ponto de partida da caminhada. No local, havia um reforçado café da manhã para quem chegava. Após um momento de oração e espiritualidade foram feitos os pronunciamentos e uma retomada da história da romaria da terra. Em seguida, a caminhada de 2,7 km até o parque municipal.
No trajeto, faixas com frases lembrando a temática e cenários que ajudaram na reflexão dos romeiros. O primeiro mostrou a criação de Deus. Já no segundo, a destruição. No terceiro, o cenário de reconstrução do Bem Viver e, por fim, o ideal do Bem Viver.
Bispos e padres do Regional Sul 3 estiveram presentes e concelebraram a missa, presidida por Dom Adelar Baruffi.
Em sua homilia, Dom Adelar lembrou que a Boa Nova do Evangelho traz alegria e esperança. “Sentimos a dor dos nossos irmãos que ainda não tem terra, teto e trabalho. A humilhante exclusão social não para de crescer. Quando a idolatria do dinheiro se torna o fim último, as finanças é que determinam, não a pessoa humana. Não somos vencidos, mas dizemos como a samaritana a Jesus: dá-me desta água. Aproveitemos a romaria para bebermos desta água. O bem viver é bem amplo e fala da nossa relação com Deus, com os irmãos e com a natureza. Tudo está interligado. Somos uma grande família sem fronteira, sem muros, sem cor e sem ideologias”, destacou. “Sonhamos e cremos em uma vida em harmonia com a natureza, com os meios naturais e os seres humanos. Sonhamos e cremos na família, nas juventudes que se educam para uma vida sóbria e feliz. Sonhamos e cremos numa vida simples, com menos consumo, mais plena e feliz, com capacidade de se alegrar e de conviver. Sonhamos e cremos no bem viver que nos faz reconhecer que somos parte única da criação”.
Oficinas foram o diferencial deste ano
As oficinas, realizadas pela primeira vez na romaria da terra, tiveram repercussão positiva. Foram onze oficinas que envolveram a temática do bem viver, onde os participantes puderam vivenciar e aprofundar seus conhecimentos sobre conteúdos específicos.
Feira e alimentação
Neste ano, a romaria contou com um número expressivo de feirantes da agricultura familiar. Foram 23 grupos, sendo mais de 100 pessoas envolvidas. As comunidades da Paróquia, também, estiveram disponibilizando alimentação no local.
Próxima Romaria da Terra
Ao final, foi anunciada a Diocese de Santa Cruz do Sul como sede da próxima Romaria da Terra, no dia 16 de fevereiro de 2021.
Por: Greice Pozzatto
Assessora de Comunicação da Diocese de Cruz Alta
Equipe de Comunicação da 43ª Romaria da Terra
Fotos: Equipe de Comunicação da 43ª Romaria da Terra
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