quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Que queres que eu faça, Senhor?




Amados irmãos:

Este é o nosso primeiro contato com vocês como casal responsável pela unidade das Equipes de Nossa Senhora no Brasil e fidelidade ao seu carisma. Durante os próximos cinco anos, nós estaremos bem próximos de todos, numa relação que, queira Deus, seja fecunda.

D. Hélder Câmara dizia: “Deus pede mais a quem deu mais. Quem recebe mais, recebe para os outros. Não é maior, nem pior; é mais responsável. Deve servir mais. Viver para servir”. Esse será nosso propósito: servir às ENS, retribuindo o tanto que o Pai já nos deu. Foram muitas sementes recebidas, que deverão ser enterradas para produzirem frutos.

Apesar de não compreender os mistérios de Deus, de uma coisa temos consciência: quando Ele chama, fica à espera de uma resposta de amor. Não podíamos, por isso, decepcionar a quem contava com o nosso “sim”, mesmo sendo um “sim” medroso.

Sabemos que os desafios serão de toda ordem, e por isso precisaremos de um “coração que escuta”. Em uma de suas profundas homilias, Pe. Avelino afirmou que “o êxito não exclui dificuldades e trabalhos, nem mesmo exclui derrotas”, porque “até mesmo os insucessos e fracassos fazem parte dos que caminham, en­viados pelo Senhor”.

É verdade que há o medo do desconhecido; mas também é verdade que Jesus estende sua mão, principalmente, nos momentos difíceis, e, sobretudo, quando falha nossa fé. O que nos conforta é que, além de contar com a ajuda divina, contaremos com a de todos vocês na oração de cada dia.

Ao missionário impõe-se a abnegação. Certo dia, pediram a Ghandi que, em poucas palavras, definisse “missão”. Ele respondeu que bastariam apenas duas palavras: “renuncie e usufrua”. É o que nós almejamos com essa missão: renunciar livremente e por amor ao que é mais caro a nós, a nossa razão de ser: Deus; e usufruir as graças que recebem os que se colocam sob a proteção de Maria e são herdeiros do Pai. Talvez, assim, possamos descobrir a resposta para a pergunta inicial: Que queres que eu faça, Senhor?

Cida e Raimundo - CRSR
carta mensal outubro 2009

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