sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Clube dos Cinco: a peça

BOM DIA! Ontem assistimos no teatro renascença, a peça " clube dos cinco". Fazia muito tempo que não íamos ao teatro, mas foi ótimo!
ESTA PEÇA merece ser apreciada por todos nós pais!
Quantas verdades e conflitos familiares.
PARABENS AOS ATORES!
bom carnaval a todos!
alexandre




Não seria exagero dizer que a década de 80 foi o momento aonde a juventude norte-americana foi melhor retratada no cinema. O número de produções focadas no público adolescente era imenso, consolidando uma gama de novos diretores que ansiavam por uma mudança nos padrões estéticos da sétima arte.

Caro leitor, te convido a fazer uma rápida viagem no tempo! Vem comigo: estamos em Pelotas, e o ano é 1987. Era o boom do video-cassete. Num belo final de tarde, minha mãe pega eu e meu irmão mais novo na escola e damos um passeio até a vídeo-locadora, que era próxima do colégio e na esquina de nosso apartamento. Após dar uma boa vasculhada, minha mãe opta por levar um filme com uma capa intrigante, cinco jovens com fisionomias bastante diversas ocupando um espaço, todos aparentando algo a dizer, a revelar, a desabrochar. Minha mãe explicou que adorava uma das atrizes, uma tal de Molly Ringwald, então fomos para casa com o filme da capa intrigante, um vhs do tranformers para o meu irmão e outro do changeman para mim. Eu tinha nove anos na ocasião.

Na noite daquele mesmo dia, após o jantar, seria exibido no nosso recém-adquirido video-cassete de última geração esse filme, que mostrava a situação de cinco estudantes enclausurados em sua escola por terem cometido “infrações”. Como forma de redenção, devem redigir um texto falando sobre si mesmos e as reais razões que os levaram a cometer tais atos. Todos completamente diferentes na moldura, mas extremamente parecidos na essência. O nome: Clube dos Cinco.



É claro que na época eu não tive a maturidade para absorver toda a temática do filme, mas alguma coisa havia despertado em mim, uma identificação imediata com aquelas situações vivenciadas, o castigo deles e a “ficha-espelho” minha (uma espécie de bloco de anotações dos professores aonde anotavam as infrações de cada aluno). E fiquei fascinado com aqueles jovens, como se alguém realmente me compreendesse.



Pois 24 anos depois o diretor Bob Bahlis transpôs esse universo para o teatro. E fascinado fiquei, por constatar que todas aquelas situações que me marcaram de forma absolutamente arrebatadora foram preservadas e recriadas de forma impecável por parte desse jovem elenco que esbanja talento e frescor cênico. Da rebeldia que esconde a fragilidade de Pingo Alabarce, da empáfia que sucumbe na doçura de Catharina Cecato Conte, da timidez que engana o anseio de Thiago Tavares, da esquisitice que denota insegurança de Mariana Del Pino e da rigidez que abafa o medo de Gabriel Ditelles, está tudo lá, todas aquelas entrelinhas e subtextos criados de forma espetacular por John Hughes. Isso porque o temor frente à vida, o medo do amanhã e a incerteza em relação ao futuro são temas eternos que encucam jovens do mundo inteiro.












FICHA TÉCNICA

Direção e texto: Bob Bahlis

Elenco: Pingo Alabarce – o aluno rebelde – Thiago Tavares – o CDF – Catharina Cecato Conte – a patricinha – Gabriel Ditelles – o atleta – Mariana Del Pino – a esquisita – Beto Mônaco – o professor.

Coreografias: Thais Petzhold

Iluminação: Marga Ferreira

Trilha Sonora: Banda Tequila Baby (Duda Calvin – vocal – James Andrew – guitarra – Davi Pacote – baixo – Rafael Heck – bateria);
FONTE: http://www.ocafe.com.br/2011/06/21/clube-dos-cinco-a-peca/

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